Os blogs sao baratos, diretos na mosca e eficazes na comunicacao interativa com um sem numero de publicos-alvo. Num movimento ainda lento, mas gradual, as empresas brasileiras comecam a descobrir esse potencial. As que ja apostam neles, querem mais (Antonio Carlos Santomauro - Revista Meio Digital jul/ago 2008)
Os blogs deixaram de ser apenas inocentes passatempos, agendinhas tipo ¨meu querido diario¨. Para as empresas que descobriram seu potencial e eficacia no cenario da comunicacao interativa da Web 2.0, eles estao potencializando suas acoes de comunicacao e assegurando o retorno ao (baixo) investimento que representam.
Segundo o Painel CRM, estudo realizado periodicamente pela Rapp Colins, nno final do ano passado cerca de 22% das empresas instaladas no pais passaram a inserir os blogs e as redes sociais em suas estrategias de comunicacao. Na edicao anterior desse mesmo estudo apenas 0,54% das empresas mantinha blogs proprios e 2,62% capturavam os dados em blogs ou redes sociais (na ultima edicao nao apareceu o indice especifico para os blogs). Trata-se de um crescimento exponencial e revelador.
Diante desses numeros, parece ja nao ser elevante discutir se as marcas devem ou nao criar blogs para trocar informacoes e ouvir opinioes dos seus clientes. ¨as empresas prescisam estar onde seus consumidores estao. Agora a questao nao eh mais discutir se as marcas devem ou nao se utilizar dos blogs, mas como melhor utiliza-los¨, analisa Ricardo Pomeranz, presidente mundial da unidade digital da Rapp Collins.
* http://www.rappbrasil.com.br/RC/index_RC.html
Exemplos:
- Close Up ==> ¨Com o blog, a audiencia de nosso site cresceu 100%. Alem disso, aumentou tambem o tempo medio de permanencia no site¨, afirma Camila Gravina, gerente de marketing de Close Up, marca da Unilever, que postou seu blog na web ja em marco do ano passado. Ele e mantido e atualizado permanentemente por tres jovens com o perfil basico de seu proprio consumidor. A cada tres meses, o grupo eh substituido por outros tres colaboradores. (http://www.closeup.com.br/2008/site/eles3.php)
- Mastercard ==> Aposta em blogs ainda ha mais tempo. Em 2006, a empresa contratou blogueiros para relatar a viagem de um grupo de clientes levados para acompanhar a Copa do Mundo da Alemanha. Outro blog foi parte integrante e relevante no ano passado para a campanha ¨Viajante Mastercard¨, cujo protagonista visitava o pais de ponta a ponta. O blog funcionava como peca de apoio a comunicacao de massa e mostrava os detalhes do trajeto. ¨Foi uma campanha calcada na internet e no blog¨, destaca Cristina Paslar, diretora de marketing de Mastercard.
Eh inegavel a credibilidade dos blogs. Esse fenomeno se deve a sua origem, diarios pessoais na web, em que os internautas revelavam (e continuam revelando) suas intimas verdades e crencas. Eh o que lembra Carolina Terra, profissional de comunicacao, profesora e autora do recem-lancado livro ¨Blogs Corporativos: Modismo ou Tendencia?¨ Para ela, ¨hoje em dia as pessoas acreditam mais em outras pessoas do que nas informacoes emitidas pelas empresas¨.
¨Hah ainda um amplo espaco a ser aproveitado nesse mercado¨, aponta Claudia Andrade, diretora de inovacao da Lov (agencia que no ano passado criou para a Sony um blog dedicado a TV Digital). ¨No Brasil, poucas marcas usam blogs de maneira estrategica¨, justifica.
Uma vez criado, um blog de marca nao deve nunca ser extinto, recomenda Claudio Roca, da Blog TV: ¨Se o blog ffor utilizado como parte da criacao de novos canais de relacionamento com o consumidor, obviamente, ele nao deve morrer¨.
Segundo ele, no mercado norte-americano existem redes de blogs de conteudo segmentado publicitariamente ja relevantes, como a Gawker Media e a Weblogs (em 2005, a AOL pagou US$ 25 milhoes por ela). Ha tambem a Federated Media Publishing, rede de blogs coordenada por John Battelle - um dos fundadores da revista Wired - que em seu primeiro ano de atividade obteve, a partir de contartos com empresas como GM, IBM e HP, um faturamento de US$ 10 milhoes.
Blogar ou nao blogar nao eh mais a questao. Agora eh hora de ajustar a estrategia e abrir seu querido diario para que os consumidores possam entrar.
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